domingo, 11 de setembro de 2011

Di Ferrero conseguiu se livrar do rótulo de “emo” e aponta que parte do segredo do sucesso foi a união do grupo.


 Parece que foi ontem que o NX Zero conseguiu um feito inédito. Banda independente, sem gravadora, 
estrearam na extinta parada de clipes da MTV, o Disk MTV, e alcançaram em algumas semanas a cobiçada primeira posição. Aquele foi o primeiro passo para a explosão da carreira do quinteto que, em pouco tempo, conquistou milhares de fãs Brasil afora, colecionou indicações em prêmios musicais e levou muitos dos troféus para casa. Isso tudo a partir de 2006, ano em que o NX apareceu para todo país. O que muita gente não sabe é que o grupo começou muito antes. 


Por isso, alguns ainda se assustam ao saber que a banda está completando este ano uma década de carreira. Para comemorar a data, lotaram a casa de shows Via Funchal, em São Paulo, no dia 14 de maio, e gravaram o CD e DVD Multishow Ao Vivo – NXZero 10 Anos. Tudo com a ajuda dos fãs, que estiveram presentes todo esse tempo junto com o quinteto. “A galera pirou. A ‘real’ de tudo é que 50% do show foi a gente que fez e 50% foi o público, porque a galera estava incrível”, elogia o guitarrista Gee Rocha, em entrevista ao GAZ+, por telefone.
Quem conferir o DVD – leia resenha abaixo – vai perceber a animação de Gee, Di Ferrero, Daniel Weksler, Caco Grandino e Fi Ricardo no palco e, principalmente, o espírito “pé no chão” que acompanha a banda desde o início, quando ainda eram underground. “Esse é que é o lado bom de ser independente. É saber que o mais importante é tocar com as pessoas que gostamos, fazer um som legal”, aponta Gee.
Segredo do sucesso
Para o guitarrista, é difícil entender a fórmula do sucesso do NX Zero. Mas, segundo Gee, o fato da formação da banda ser a mesma desde 2004 é um dos elementos. “Não teria como conviver se não fôssemos nós cinco. Esse respeito, essa soma que a gente traz um para o outro, vem para ajudar. Cada um da banda tem um valor muito forte. Parece que fechou a tampa”, brinca.
E se no início o NX ganhou o rótulo de emo, Gee fica feliz com o espaço conquistado pela banda nestes últimos anos. “Quando a gente era rotulado, não era justo. Nunca fizemos um som para um estilo, um público”, diz. Por conta da classificação, o guitarrista lembra que muita gente deixava de ouvir o som deles por preconceito e, agora, se mostra mais aberta às músicas dos caras. “É só isso que a gente procura.”
Por isso, quando questionado sobre quem ele acha que tem muito a ver com tudo que o NX passou ao longo dos anos, Gee responde na lata. “São os meninos do Restart. Eles fazem um som que é deles e rola um preconceito. Aí vai de eles escolherem que caminho seguir”, diz, com a experiência de ter feito boas escolhas junto com o NX Zero nesses últimos 10 anos.
Banda vai bem além do emo
Fazer um show resumindo 10 anos de carreira em cerca de 20 faixas não é um trabalho simples. Foi por isso que, de acordo com o guitarrista do NX Zero, Gee Rocha, a pré-produção do CD e DVD que comemoram a primeira década da banda começou seis meses antes do dia da apresentação, realizada no Via Funchal, em São Paulo, no dia 14 de maio. E, no fim, o resultado valeu a pena.
O registro, que rendeu um DVD com 21 músicas e um making off de extras, e um CD com 19 faixas, conseguiu capturar de maneira fiel o estilo do NX Zero no palco, que conquistou muitos fãs ao longo dos anos. Os hits “Além de mim”, “Cedo ou Tarde”, “Cartas para Você” e “Razões e Emoções” ganharam arranjos caprichados, e dividiram espaço com muitas outras canções do quinteto. Muitas delas, como “Só Rezo” – faixa que abre o show – foram executadas na versão do disco Projeto Paralelo, lançado ano passado, que contou com a participação de vários rappers. Entre eles, a revelação do hip hop nacional, Emicida. Outros nomes convidados foram Negra Li, Rappin Hood e o produtor Rick Bonadio.

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